5 defensores dos direitos humanos que você precisa conhecer
Algumas pessoas foram essenciais para que os direitos humanos fossem propagados no mundo todo.
Saiba quais são alguns dos principais defensores dos direitos humanos, como cada um deles mudou o mundo de uma forma significativa e se inspire nas suas histórias!
Mahatma Gandhi (1869–1948)
"Temos de nos tornar na mudança que queremos ver."
Mohandas Karamchand Gandhi é conhecido como um dos maiores líderes políticos e espirituais do século XX.
Honrado na Índia como o pai da nação, Gandhi foi pioneiro e praticou o princípio de Satyagraha — resistência à tirania por meio da desobediência civil massiva não violenta.
Enquanto liderava campanhas para mitigar a pobreza, expandir os direitos das mulheres e eliminar as injustiças do sistema de castas, Gandhi aplicou de forma suprema os princípios da desobediência civil não violenta para libertar a Índia do domínio estrangeiro.
Ele foi preso várias vezes devido a suas ações, mas realizou seu objetivo em 1947 quando a Índia adquiriu a independência da Grã-Bretanha. Devido à sua grandeza ele é chamado Mahatma, que significa “grande espírito”.
Eleanor Roosevelt (1884–1962)
"Ninguém pode fazer com que você se sinta inferior sem o seu consentimento."
Eleanor Roosevelt, casada com Franklin Delano Roosevelt, envolveu-se completamente no serviço público em 1905. Em 1933, quando o casal chegou à Casa Branca como Presidente e Primeira-dama, ela já estava profundamente envolvida em questões de direitos humanos e de justiça social.
Eleanor advogou por direitos iguais para afro-americanos, trabalhadores da era da Depressão e mulheres, levando inspiração e chamando atenção às suas causas.
Em 1946 ela foi nomeada Representante das Nações Unidas pelo então presidente Harry Truman, que tinha assumido a Casa Branca depois da morte de Franklin Roosevelt em 1945.
Como presidente e membro mais influente da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Eleanor Roosevelt foi a força impulsionadora em 1948 na criação do documento que sempre será seu legado: A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Nelson Mandela (1918-2013)
"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele ou de onde ela vem ou sua religião."
Nelson Mandela é um dos símbolos dos direitos humanos mais reconhecidos do século XX. Nascido em Transkei, África do Sul, filho de um chefe tribal, Mandela se formou em Direito.
Em 1944, tornou-se membro do Congresso Nacional Africano (CNA) e trabalhou ativamente para abolir as políticas do apartheid do Partido Nacional.
Sentenciado à prisão perpétua, Mandela converteu-se num forte símbolo da resistência para o crescente movimento antiapartheid, negando-se repetidamente a comprometer sua posição política para conseguir a liberdade.
Quando finalmente foi solto em fevereiro de 1990, Mandela intensificou sua batalha contra a opressão para atingir os objetivos que ele e outros se propuseram a alcançar quase quatro décadas antes.
Em maio de 1994, começou seu mandato como o primeiro presidente negro da África do Sul, um cargo que deteve até junho de 1999. Ele presidiu a transição do governo de minorias e apartheid, conquistando o respeito internacional pela sua defesa da reconciliação nacional e internacional.
Martin Luther King Jr. (1929–1968)
"A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar."
Martin Luther King Jr. foi um dos defensores da mudança social não violenta mais conhecidos do século XX e é um ícone do movimento dos direitos civis.
De Atlanta, Georgia, sua oratória e coragem atraíram inicialmente a atenção nacional em 1955, quando ele e outros ativistas dos direitos civis foram presos após liderar um boicote a uma companhia de transportes de Montgomery, Alabama, que exigia que os negros cedessem seus lugares aos brancos e ficassem de pé ou sentados na parte de trás do ônibus.
Ao longo da década seguinte King organizou protestos e manifestações não violentas para chamar a atenção para a discriminação racial e para exigir a criação de legislação de direitos civis para proteger os direitos dos afro-americanos.
As manifestações em muitas comunidades culminaram em uma marcha que atraiu mais de 250 mil manifestantes a Washington, DC, onde King pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho” em que imaginava um mundo onde as pessoas não fossem divididas por raça.
O movimento que King inspirou foi tão forte que o Congresso promulgou a Lei dos Direitos Civis em 1964, o mesmo ano em que ele foi distinguido com o Prêmio Nobel da Paz.
Desmond Tutu (1931)
"Se ficarmos neutros perante uma injustiça, escolhemos o lado do opressor."
Desmond Tutu é um arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua luta contra o apartheid na África do Sul.
Nascido em 1931 em Klerksdorp, África do Sul, foi primeiro professor e depois estudou teologia, tornando-se o primeiro arcebispo anglicano negro da cidade do Cabo e Joanesburgo.
Através de suas palestras e escritos como um crítico aberto do apartheid, ele era conhecido como a “voz” dos negros sul-africanos sem voz.
Quando as primeiras eleições multirraciais da África do Sul foram realizadas em 1994, elegendo Nelson Mandela como o primeiro presidente negro do país, Mandela nomeou Tutu como presidente da Comissão Verdade e Reconciliação (CVR).
Em seu trabalho de direitos humanos, Desmond Tutu formulou seu objetivo como “uma sociedade democrática e justa sem divisões raciais” e estabeleceu exigências mínimas para a realização desse objetivo, incluindo direitos civis iguais para todos, um sistema comum de educação e o fim da deportação forçada.
Desmond Tutu continua viajando extensivamente, defendendo os direitos humanos e a igualdade entre todos os povos, tanto dentro da África do Sul quanto no mundo todo.