3 livros infantis que falam sobre bullying

Falar sobre bullying sempre é um desafio. Além de ser um assunto delicado, ele envolve muitas questões. Envolve quem pratica e suas motivações; quem sofre e os traumas que são causados; e quem assiste e se omite.


Esse assunto deve ser tratado desde a infância para minimizar qualquer manifestação em forma de violência verbal ou física, principalmente nos relacionamentos entre colegas de escola.


Uma maneira de ambientar a conversa sobre bullying com as crianças é através da leitura de livros! Existem muitos livros infantis que abordam o tema de forma leve, lúdica e consciente. Vamos falar aqui sobre 3 dicas de leitura que falam sobre bullying:


1. "Pedro e o menino valentão”, de Ruth Rocha (Melhoramentos)

Quando percebem que o filho está sendo perseguido na escola por um menino mais velho, os pais do protagonista deste livro resolvem ensiná-lo a lutar judô. A partir daí, o menino passa por um processo de entendimento sobre a diferença entre masculinidade e força emocional, e é levado a refletir sobre a ineficiência da violência física. A partir de uma narrativa simples, este clássico de Ruth Rocha (o livro já ultrapassou a 20ª edição) provoca pais e educadores a pensarem sobre os referenciais de comportamento e sociabilidade que passamos às crianças no ambiente familiar.



2. “Todos zoam todos”, de Dipacho (Pulo do Gato)

Longe de querer naturalizar o bullying, este livro ironiza o assédio ao falar sobre pluralidade social, construção de identidade e afirmação das diferenças. Todo mundo já foi incomodado por ser alto, baixo, gordo ou magro. Apresentando animais com as mais variadas características físicas e psicológicas, e ressaltando como cada indivíduo tem seu jeito particular de ser e se comportar, “Todos zoam todos” levanta uma reflexão sobre convivência e aceitação. Com isso, o livro propõe o resgate de um brincar natural e saudável, e mostra como são relativas às diferenças, a depender do ponto de vista de referência de quem vive. Como defende sua editora, Marcia Leite, “este é um livro que deixa de lado o didatismo e o politicamente incorreto e convida a criança a pensar, de maneira lúdica e bem-humorada, sobre os sentidos e a existência da diversidade”.


3. "Laís, a fofinha", de Walcyr Carrasco (Ática)

Apelidos horríveis, risadas, humilhações: Laís precisa enfrentar tudo isso na nova escola. De tanto as outras crianças a chamarem de gorda, a menina acaba acreditando que é feia. Envergonhada, ela se fecha em sua tristeza. Quando as meninas da escola espalham a notícia de que farão testes para selecionar uma menina para fazer uma novela, Laís fica ainda mais preocupada. Seu grande sonho é ser atriz e, para concretizar esse desejo, ela precisará decidir entre o medo e a coragem de ser como é.


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